CLONAGEM: O QUE PENSAM OS JOVENS DE HOJE

Quem disse que o jovem não está preparado para debater assuntos polêmicos como a Clonagem Reprodutiva e Terapêutica está enganado. Durante o mês de Setembro de 2009 os alunos do 1º e 2º ano do CTPM/GV puderam pesquisar sobre este tema e assim refletir e formarem opniões diversas, ponderando aspectos éticos, religiosos e biológicos sobre o assunto.



Foi proposto então que colocassem no papel todas suas firmações e questionamentos...com certeza é um assunto que teve até abordagens que muitos de nós não havíamos colocado em questão... e que vale a pena você conferir e refletir!









Clonagem: Polêmica para todos!


Na minha opinião, qualquer tentativa de clonar um ser humano seria uma experiência antiética para a criança que iria nascer, tendo riscos de má formação, alem do que, não sabemos se no futuro seria difícil para a mesma reconhecer e aceitar sua diferença em relação às outras pessoas. Isso criaria sérios problemas para a pessoa clonada, por sua aparência ou genótipo serem iguais a de outro ser, e pelo fato de ser gêmea de uma pessoa que podia ser seu “pai” ou “mãe”, se é que ainda podemos chamar-lhes assim.



Mas como tudo na vida, existem pessoas que descordam que o genótipo é identidade ou individualidade, e negam o fato de que a criança possa vir se queixar de ser uma copia, que é o caso de Ruth Macklin.

Na opinião de James Nelson, uma criança do sexo feminino clonada da sua “mãe” pode desenvolver um desejo de se relacionar com o seu próprio “pai” e pode procurar o pai da sua “mãe”,que seria afinal, irmã fêmea biológica.
Joel Feiberg caracterizou isso através da seguinte frase “direito do filho a um futuro em aberto”.Segundo ele, seria errado que os pais limitassem as oportunidades que estariam disponíveis para seus filhos, e poderiam crescer na mesma comunidade que seus pais.


Kass, diz ter medo que a reprodução assexuada dê lugar a um aumento do numero de pais solteiros a educar seus filhos.
Keith Camrbell, o primeiro criador do clone de um mamífero (a ovelha Dolly) diz não ser a favor da clonagem de seres humanos. Para ele, a ciência ainda não avançou o suficiente para que possam ser clonadas pessoas, e diz que o processo ainda não tem muita eficiência, por perder muitos embriões, diz também, não ver motivos para clonar humanos.


Já o doutor em Teologia da arquidiocese do RJ, Dom Estevão Bittencourt, diz que na opinião dele, os cientistas estão “mexendo com Deus” e que tratam “seres humanos como objeto”. Para a igreja isso é imoral e antiético.
Todos nós temos nossas crenças, noção de diferença entre o certo e errado, existência ou não de Deus, e todos nós interpretamos a questão da clonagem de formas diferentes.

CRISTIANE LOPES – 1ºB







DESAFIANDO O PODER DEUS
Se tratando de um conceito científico, eu diria que um clone é um ser formado em laboratório através de uma célula de um certo indivíduo, criando um ser idêntico ao original.
Em um conceito espiritual, eu acho que a criação do primeiro clone ”no caso da ovelha Dolly”, foi uma tentativa de o ser humano tentar desafiar um poder que só Deus tem, que é o de dar a vida. Creio que um ser clonado não tenha alma, porque se foi criado por seres humanos o clone não é um ser “completo”, “perfeito”, pois nada feito por mãos humanas é perfeito.
Em um conceito filosófico penso que os homens por não quererem admitir que creem e precisam de uma religião justamente para não terem que seguí-la, por isso estão sempre tentando se superar, mostrando que são seres independentes e auto suficientes em tudo, mas no fundo não há nenhuma hipótese científica que comprove de onde surgiu o universo ou os seres vivos, a não ser por alguma crença ou fé no invisível.
Vou terminar fazendo um comentário à parte. Eu sempre fui fascinada por alquimia(e também por muitas outras teorias e religiões, aliás eu gosto muito de estudar sobre outras religiões que são até “rejeitadas” pela igreja assembléia, e uma coisa eu sempre concordei com a alquimia: que um ser clonado não tem alma. No meu ponto de vista um ser clonado tem consciência, já que ele tem um cérebro ele pode fazer escolhas e ter sentimentos, mas como foi criado por mãos humanas não pode conter uma alma, eu creio que quando um clone morre, já que ele não tem uma alma, ele apenas se decompõe e some da face do universo.
Daniela Crístie Januário 1° B


Clonagem: eis a questão



A clonagem de seres vivos tem sido um vasto campo de experimentos científicos há várias décadas, porém o tempo só chegou ao público em 1997 quando foi anunciada a primeira clonagem bem sucedida de um mamífero – a ovelha Dolly. Desde então, vários cientistas expressaram o objetivo de clonar um ser humano, e essa é a grande questão.
Seria pelo medo do novo? Até quando vão impedir e retrair o progresso da ciência?. Usam de vários argumentos, apelando as vezes até para o lado religioso, mas será que de tudo isso que a ciência nos oferece podemos absorver somente coisas ruins? Não.Hoje, com o avanço dos estudos, a clonagem vem sendo desenvolvida, não para realizar as fictícias imaginações dos seres humanos, como por exemplo, dos propósitos da clonagem humana é a qual o DNA de uma pessoa é utilizado para criar um embrião. Ao invés de inserir este embrião em uma mãe de aluguel, suas células são usadas para produzir células-tronco que são capazes de evoluir para diversos tipos de células do corpo. Estas células-tronco podem, portanto, serem utilizadas para criar órgãos humanos, tais como corações, fígados e pele. Estas células-tronco também podem fazer crescer neurônios capazes de curar aqueles que sofrem de doenças como o mal de Parkinson, de Alzheimer ou síndrome de Rett, cientistas também estudam a possibilidade de clonar as células de uma pessoas e consertar genes mutantes. Já o propósito mais polemico é de replicar as pessoas que já faleceram no intuito de amenizar a perda dos entes queridos, são esses e muitos outros beneficios.
É um pouco irônico que muitos países do mundo que tentam banir a clonagem humana permitam o aborto. Por que a lei destes países permite que um feto seja destruído, mas não autoriza o sacrifício de embriões para a criação de vidas novas? Este é, contudo, um argumento simplório, pois não leva em consideração as ramificações da clonagem humana em si e apenas argumenta com as lógicas da lei.
Até quando vai haver essa caça as bruxas no mundo cientifico, o homem quer evoluir, mas seu pensamento é retrógrado!, a ciência é acuada como se estivéssemos na época medieval. Tomara que as autoridades sejam inteligentes e visionarias o bastante para ver o que estão impedindo.
Todos nós devemos analisar as possíveis conseqüências da clonagem humana, pois ela é sem dúvida, uma das mais controversas e revolucionárias novidades da nossa história.

Angélica Gil - 2ºA


Destruição ou Salvação?


A palavra clone é utilizada para definir o conjunto de indivíduos que deram origem a outros por reprodução assexuada. O termo foi criado em 1903, pelo botânico norte-americano Herbert J. Webber, segundo ele, o clone é basicamente um descendente de um conjunto de células, moléculas ou organismos geneticamente igual à de uma célula matriz. A clonagem pode ocorrer em processos naturais ou artificiais em plantas, humanos e seres como bactérias e outros organismos unicelulares. A principal razão de clonar plantas e animais é reproduzir em massa organismos com qualidades desejadas, como uma orquídea premiada ou um animal fruto de engenharia genética, repopular especies ameaçadas ou até extintas. Outros animais são clonados para a produção de alguma substancia, como as ovelhas que produzem a insulina humana. Alguns cientistas acreditam que se tivéssemos de recorrer apenas à reprodução sexuada para produzir em massa esses animais, correríamos o risco de não alcançar as características desejadas, porque a reprodução sexuada embaralha o material genético.
Na pratica, o governo norte americano considera ilegal a clonagem dos humanos. “Não há nada de imoral usar a clonagem em beneficio da humanidade, mas é inconcebível cogitar o nascimento de crianças clonadas”, disse o presidente Clinton.
De acordo com várias opiniões especializadas, essas crianças nasceriam com o organismo pré-disposto a ter alguma doença que o humano a quem foi clonada, teria.E na com a ausencia de autonomia do ser, como se ele devesse responder automáticamente àquilo que se espera dele. Para o processo de evolução a clonagem é uma perca de tempo. Para a evolução de determinada espécie ocorrer de uma boa forma, é necessário a mistura do material genético para a variação. Com a clonagem, teremos dois seres geneticamente idênticos, sendo assim, inutil. Após algumas experiencias com animais, como a ovelha Dolly, aconteceu o que os historiadores temiam.
Essas experiencias despertaram o Dr. Maluco, que atende pelo nome de Marc Riyard, é biólogo e vive em Montreal, no Canadá, onde integra o Movimento Religioso Raelian. Esse pessoal fundou uma empresa que fornece serviços chamado Clonaid, capaz de satisfazer fantasias derivadas de Dolly, como de pais que querem clonar seu filho em coma, um milionário que gostaria de ter um clone no congelador, caso precise de algum orgão.
Em uma pesquisa junto a representantes de religiões no Brasil, levantou-se que o Espiritismo e a Umbanda são a favor da clonagem terapêutica e reprodutiva; que o Judaísmo é favorável somente à clonagem terapêutica; e que mesmo os rabinos mais ortodoxos acreditam que o embrião "ainda não é vida". O Catolicismo é amplamente contra qualquer tipo de clonagem, para eles, é a cópia de um ser humano, mesmo no estado de embrião. Um outro risco da clonagem é o fato de que ela vai gerar pessoas com menos riscos de doenças e aumentar a longevidade, por exemplo, para além dos 100 anos. Hoje, mesmo sem clones, há uma previsão de que em 2.050 a Itália, por exemplo, terá crianças sem parentes vivos por perto, como por exemplo tios ou primos. Ela só irá conhecer seus pais e isso vai influenciar em sua formação e educação. Só na China, segundo os números de Anderson, já existem 50 milhões de mulheres a menos devido à política de estímulo de nascimento de filhos homens.
Essa manipulação pode gerar problemas futuros como o baixo indicie de crianças que desencadeará vários outros problemas, que somente começamos a ver agora. Como sabemos pela História, que tudo que o homem descobre ou inventa, é usado, por pior que seja. O grande exemplo terrível é o da descoberta da energia do átomo, que levou a construção da bomba atômica, resultando em várias mortes. E com a clonagem? O que o homem fará?
A humanidade fica a se perguntar. Será nossa salvação ou nossa destruição?

Larissa Marie - 2ºA


Clonagem: Brincado de ser Deus?


Clonagem, talvez um dos temas mais discutidos hoje em dia é um tema que divide a população em duas partes: Aquelas que apoiam as pesquisas e aquelas que são totalmente contra. E você, e contra ou a favor? Qual seria a finalidade de se criar um clone? Brincar de ser Deus?
A ONU (Organização das Nações Unidas) após três anos de discussõesdecidiu proibir a Clonagem Humana. Após o pronunciamento da ONU o embaixador da Costa Rica afirma: "Estamos muito satisfeitos e comprazido com o fato de que após anos de ações, a ONU tenha tomado uma ação essencial, já que com esta declaração se envia uma mensagem ética, moral e político a todos os países".
Um dos maiores opositores a Clonagem Humana é a igreja católica, que afirma que todo tipo de Clonagem Humana deve ser banida a nível internacional, eu acredito que também mais do que a metade da população também concorde com ela, pois clonagem não se tem uma finalidade para a Clonagem.
Houve rumores de que a clonagem seria usada para clonar o ser Humano e mais tarde quando essa pessoa ficasse doente, como precisar de um órgão, pegasse o órgão do clone. Isso não seria desumano? Afinal, clone também alem de tudo não seria um ser humano? Não teria sentimentos? Não sentiria dores?
Talvez esse assunto ainda tenha muito o que repercutir, porque ainda estamos no inicio de uma nova geração tecnológica, onde ainda tem muita coisa a se fazer e descobrir.
Espero que esse assunto seja esquecido por muito tempo, clonar não é apenas fazer um ser humano idêntico ao outro, é também querer BRINCAR DE SER DEUS.

Pedro Igor - 2ºA








A Clonagem Sob O Olhar Da Religião



Em meio as questões éticas, jurídicas e morais que giram em torno da clonagem, há uma que remete à um longínquo embate: aquele que defronta ciência e religião. Certamente os confrontos entre essas duas visões de mundo não são novos, mas encontram uma especificidade ao relacionar-se com formas de reprodução artificial e clonagem, pois colocam em cena a possibilidade de dessacralização da vida pela ciência, em oposição à sacralidade afirmada pelas religiões.
Guardadas as devidas diferenças entre três religiões - catolicismo, islamismo e judaísmo - as críticas à clonagem encontram pontos comuns para estas vertentes, como o questionamento das relações de parentesco, que podem abalar o ideal de família, o questionamento da identidade do indivíduo clonado e a possibilidade de aprimoramento genético a partir de um ideal eugênico. Entre as críticas comuns destaca-se a pretensão do homem em comparar-se a Deus.


Clonagem e catolicismo


Segundo o padre Júlio Monari, a igreja católica defende a existência de vida humana, desde a fecundação, como algo divino. "A vida humana é um dom de Deus, só Ele é senhor da vida, nesse sentido ela reveste-se de um caráter sagrado. O mandamento bíblico não matarás é indicador desta sacralidade, abrange a vida desde a fecundação até a morte natural. Não é permitido portanto, destruir um embrião para obter células tronco, como tampouco abreviar a vida de um ser humano para extrair órgãos para um transplante, a fim de salvar outra vida", afirma padre Monari. Assim, a clonagem com finalidade terapêutica é rejeitada pelo catolicismo, pois quando se trata de extrair células tronco de um embrião acaba-se infringindo o mandamento "Não matarás". "O embrião já é uma vida, que deve ser respeitada por inteiro", afirma padre Monari.

A Carta Encíclica Evangelium Vitae de João Paulo II, não aborda diretamente a clonagem reprodutiva ou terapêutica. No entanto, condena todas as formas de reprodução artificial. Na Carta, as técnicas científicas de reprodução estão lado a lado com outras ações repudiadas pela igreja, como o aborto, a eutanásia, o suicídio e o homicídio. Padre Júlio Monari afirma que o único meio de reprodução humana admitido pelo catolicismo é originado da relação entre homem e mulher. "A Igreja não permite em hipótese alguma a fecundação in vitro, seja ela homóloga, feita com os gametas do casal, ou heteróloga, com um óvulo ou espermatozóide que não provém do casal", afirma ele.

Ainda de acordo com o padre Monari a clonagem humana "já existe". "É um fenômeno natural e acontece com os chamados gêmeos legítimos. Já a clonagem artificial realizada em laboratório, seja a reprodutiva ou terapêutica, não é admitida pela igreja católica.

A Pontifícia Academia Pro Vita do Vaticano já se pronunciou condenando taxativamente qualquer reprodução via clonagem, tanto para finalidades reprodutivas, quanto para finalidades terapêuticas. Entre os problemas apontados, está a possibilidade da aproximação da clonagem com a eugenia, ciência que estuda as condições mais propícias à reprodução e melhoramento genético da espécie humana e que esteve na base de doutrinas como o nazismo. Paralelamente, pontua-se nesses pronunciamentos outros argumentos contrários a clonagem: redução do significado da reprodução humana ao seu aspecto biológico, numa perspectiva que enquadra a lógica da produção industrial; instrumentalização da mulher, a qual passa a estar limitada às suas funções biológicas, a partir do empréstimo dos óvulos e do útero; perversão das relações fundamentais de filiação, parentesco, consangüinidade e progenitura; falta de identidade da pessoa clonada, que passa a ser uma "cópia".


Clonagem e islamismo

O sheik Aly Abdoune, presidente da Assembléia Mundial da Juventude Islâmica da América Latina (WAMY), afirma que o Islã incentiva todo e qualquer avanço científico que venha a beneficiar o homem, mas que a clonagem é totalmente contrária aos princípios islâmicos e à dignidade do indivíduo. Com relação à clonagem humana, sheik Abdoune afirma que a hereditariedade não é respeitada, pois o indivíduo clonado é desprovido de pai e mãe.

Assim como a questão do parentesco, outro ponto em comum com a crítica católica, é o dos conflitos de identidade que podem fazer parte da vida de um indivíduo clonado. "Não se leva em conta as dificuldades que esta criatura terá no futuro, pois é fatal que seja questionada pelos seus pares sobre a forma excêntrica pela qual veio ao mundo. Isto com certeza trará problemas psicológicos e poderá inserir na sociedade pessoas sem o menor senso de família, a base de uma sociedade sadia", afirma o sheik, que ainda questiona a responsabilidade da sociedade para com os frutos das experiências da clonagem, possíveis seres humanos defeituosos, física, moral e mentalmente.

Acerca da clonagem humana, o sheik Abdoune conclui que criar uma máquina para auxiliar na manutenção da vida de uma criatura é algo incentivado pelo Islã, mas imbuir-se da pretensão de dar vida à esta máquina, dotá-la de alma e consciência deve ser totalmente rejeitado por qualquer criatura com um mínimo de senso ético.
O islamismo também condena a clonagem terapêutica. Para o Islã, "o ser humano é merecedor de respeito. Os seres humanos não são criados por partes e não podem ser alvo de experiências.

Toda criatura é obra de Deus, o qual instala almas nos corpos, não por pedaços, mas por inteiro. Não se pode aproveitar determinadas partes de um ser vivo e jogar no lixo outras tantas. Isso é assassinato, é desrespeito com o próximo, é uma violação do direito básico à vida", argumenta sheik Abdoune. Neste aspecto, a religião islâmica aceita e incentiva a doação de órgãos, após a morte do indivíduo, desde que haja permissão do doador e da família e que a doação não ocorra por comércio. Segundo o sheik, a doação de órgãos é mais eficiente do que as experiências de laboratório.


Clonagem e judaísmo

O presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista, rabino Henry Sobel, afirma que é plenamente a favor da pesquisa científica, mas categoricamente contra a clonagem de seres humanos. A posição do rabino muda quando se fala em clonagem animal. Apesar de também conter problemas éticos, ela pode ser justificada com base nos benefícios potenciais para a vida humana.

A idéia da presunção do homem em tentar se comparar a Deus, também está presente nas críticas e questionamentos feitos pelo rabino. "Sinto enorme apreensão diante desse fenômeno. Quantos embriões e quantos bebês mal formados serão destruídos nesses procedimentos? E para quê? Para satisfazer o ego de algum cientista? E, mesmo que não houvesse, no processo de clonagem humana, o risco de formação de fetos defeituosos, há um quê de arrogância em reduzir o mistério da Criação a uma experiência de laboratório".

A identidade do indivíduo também é apontada como uma forte preocupação para o rabino. "Não posso deixar de me questionar sobre como seria um mundo repleto de clones humanos. Onde ficaria a singularidade de cada indivíduo, a tão fundamental unicidade do ser humano, se essa unicidade fosse negada pela possibilidade de fazer diversos exemplares de uma pessoa", diz o rabino Sobel.

Outro ponto crítico apontado pelo rabino com relação à clonagem é o fato de que, estabelecida a técnica para fins terapêuticos, nada garante que ela não seja usada para fins reprodutivos. Ambas podem ser disseminadas dificultando o controle por parte dos governos e abrindo brechas para a proliferação de clínicas clandestinas, tal como existe para o aborto.
A eugenia também esta entre os pontos que preocupam o rabino. "Não é absurdo imaginar um banco de células fornecendo matéria-prima para clones de pessoas física ou mentalmente superdotadas. A História já nos deu provas aterradoras do que acontece quando se procura 'aprimorar' a raça humana, a mesma História que nos ensina que a ciência não tem consciência".

O rabino diz que, assim como existem cientistas e médicos de elevada moralidade, também há aqueles que se entusiasmam com a pesquisa científica, sem levar em consideração a ética, a finalidade e os meios utilizados. Ele tem dúvidas sobre se a humanidade está realmente preparada para assumir a responsabilidade coletiva de discernir o bem do mal.


Clonagem e espiritismo

Já os espíritas (kardecistas) posicionam-se de uma forma mais cautelosa, apesar de criticarem algumas possibilidades trazidas pela técnica da clonagem. A doutrina espírita surgiu no século XIX e recebeu forte influência do evolucionismo e em muitas ocasiões apoia-se nele e na ciência para explicar questões espirituais. Para a médica espírita Marlene Rossi, presidente da Associação de Médicos Espíritas (Amesp), os últimos avanços na área biológica levaram a uma crise ética sem precedentes na história da ciência e possibilitaram o mais sério encontro entre ciência e religião dos últimos séculos. Para ela, não há dúvidas de que a ovelha Dolly tem alma ou princípio inteligente, do contrário não seria um ser vivo. "Só o Espírito tem o poder de agregar matéria e, consequentemente, de formar o corpo físico, segundo o molde contido em seu envoltório, o perispírito. Assim, se a clonagem humana for sucesso, certamente, não produzirá robôs, mas seres autênticos e distintos uns dos outros, porque cada Espírito carrega em si uma experiência única, de bilhões de anos de evolução", afirma a doutora Marlene Rossi, que ressaltou também a ineficiência atual da técnica de clonagem.

A médica relembra que, para fabricar a Dolly, foram feitas 277 tentativas. Formaram-se 29 embriões e apenas um teve êxito. Constatou-se, porém, que Dolly está precocemente envelhecida. Embora tenha nascido há cinco anos, suas células são equivalentes às de uma ovelha de 12 anos. Este fato estaria ligado a um dos principais problemas da clonagem, o de lidar com células adultas, que estão sujeitas a muitas mutações e, segundo ela, à questão espiritual. O envelhecimento precoce dos clones indicaria que há falhas no processo de produção de fluido vital ou ectoplasma (envoltórios espirituais), provavelmente envolvendo os genes citoplasmáticos e os do núcleo. O clone teria herdado um processo vital em andamento, reiniciado do ponto interrompido, quer dizer do número de anos já vividos pela ovelha clonada.

Do ponto de vista espiritual, Marlene Rossi afirma que, no atual estágio evolutivo, a clonagem humana é indefensável. "Nada pode justificar a realização de experiências com organismos humanos vivos; fazer pesquisas in anima nobile é imoral", diz ela. Do mesmo modo, seria indefensável a manipulação de embriões com finalidade eugênica. Com tais "escolhas" genéticas, os cientistas permanecerão circunscritos ao campo físico, sujeitos às mesmas frustrações de Hitler, diante de Jesse Owens, o expoente negro do atletismo norte-americano, vencedor das Olimpíadas de 1938, em que bateu todos os "arianos puros" alemães. Isto ocorre porque não se pode desconsiderar o Espírito imortal, único responsável pelas qualidades físicas, morais e intelectuais da individualidade, argumenta Rossi.

A médica reconhece que a ciência deve seguir seu curso próprio, desvendando os segredos da natureza. "O nosso respeito pelas conquistas científicas está alicerçado, sobretudo, nas lições de Allan Kardec", diz ela. O respeito aos avanços técnico-científicos não significa uma aceitação tácita de liberdade ética indiscriminada para o cientista. "O pesquisador despreocupado das questões espirituais prosseguirá, normalmente, com a clonagem humana terapêutica; para os especialistas espíritas, no entanto, as indagações éticas continuam em aberto, aguardando respostas mais definitivas", conclui Marlene Rossi.
Anorexia, fique ligada!

Todos estamos consternados com a morte de duas jovens, a modelo Ana Carolina e a estudante Carla Cassali, ambas vítimas da anorexia nervosa.
Dr. Marco Antonio De Tommaso

Nenhuma delas fez dieta para morrer, mas, infelizmente, o óbito ocorreu. Espere, eu não estou dizendo que "dieta mata" ou que leva à anorexia. O que ocorre, se vocês acompanharam os fatos, é que se tratava de duas jovens magras e bonitas, mas que se viam gordas ou inadequadas.


tInham o que chamamos de alteração da imagem corporal. Tudo o que estou comentando com vocês não quer dizer "parem de fazer dieta!" ou "engordem"! Não! Claro que não. Apenas façam com bom senso, com orientação, sem pressa, sem loucuras. Se for o caso, orientem-se com uma nutricionista. Se as moções estiverem no meio, com ajuda psicológica. Não compre remédio pela Internet.






Não tomem NENHUM medicamento sem a estrita prescrição médica. Vocês devem fazer exercícios físicos, praticar esportes, cuidar do corpo. Mas lembrem-se, tudo o que é demais, pode fazer mal. Conversem com o educador físico. Não tomem nenhum tipo de medicamento para "queimador de calorias", nem que lhe digam que é "natural". Cuidado com produtos como "hormônio do crescimento". Poderão lhe dizer que queimam calorias, que diminuem a gordura do corpo, etc. Só não lhe dirão que, tomado fora de hora e de forma indiscriminada, causa câncer, diabetes, problemas de coração, rins e outros. Cuidem de seu maior patrimônio: A SAÚDE.


Vejam agora, em breves linhas, o que é anorexia.


1. O que é Anorexia Nervosa?


A anorexia é caracterizada por um processo de inanição auto provocado pelo medo mórbido de engordar. Pode ter início numa dieta inocente para perder peso que vai sendo drasticamente restrita até tornar-se um semijejum. Quanto mais magra estiver, mais gorda a anoréxica se vê. Com a progressão da anorexia a menstruação cessa. Há práticas excessiva de exercícios físicos para acelerar o emagrecimento. Há uma obsessão pela magreza e pelo emagrecimento. A pronunciada queda de peso não satisfaz a anoréxica que permanece obstinada em seu propósito de emagrecer. A idade de maior incidência da doença é por volta de 14 anos. Porém, existem casos ainda mais precoces e é raro seu aparecimento após os 40 anos. 0,5 a 1,0% da população feminina apresenta anorexia diagnosticada, fora os casos de meninas pré-anoréxicas. E a maior incidência é no gênero feminino (90%).


2. Quais as conseqüências da Anorexia?

A anorexia vem acompanhada de depressão em 50 a 75 % dos casos. 15 a 20% das anoréxicas morrem por suicídio, parada cardíaca, inanição. Das sobreviventes, 50% apresentam seqüelas permanentes, físicas e/ou psicológicas. É o transtorno psicopatológico que apresenta maior mortalidade. A suspensão da menstruação por muito tempo pode ocasionar atrofia do útero e esterilidade futura.


3. Quais as características que devemos observar em filhas, amigas ou alunas?


a. Mesmo muito magra a pessoa procede como se estivesse em dieta. Conta obsessivamente as calorias, pesa os alimentos, mede líquidos, REVELA MEDO EXCESSIVO DE ENGORDAR, pula refeições ou elimina certos alimentos que considera "engordativos". Faz exercícios compulsivamente, vai além da dor e sente-se culpada quando não faz.

b. Vomita após as refeições. Esse sintoma é difícil de observar. Dica: se a pessoa vai sistematicamente ao banheiro após as refeições e permanece por muito tempo no local, FIQUE ATENTA.

c. Toma laxantes e diuréticos. Dica para identificar a atitude: queixas de cólicas abdominais, inflamações anais ou descontrole intestinal.

d. Dissimula a magreza. Usa roupas muitas folgadas ou sobrepostas para esconder a magreza da família e dos amigos. Fazem penteados que escondem a proeminência das maças do rosto.

e. Preocupação excessiva com peso, dieta, forma física e exercícios. Supervalorização destes fatos. Tais assuntos passam a ser pontos centrais em sua vida.


f. Mudanças progressivas de comportamento. Afastamento das pessoas: isolamento social e familiar. Elas ficam desconfiadas.

g. Pode apresentar irritabilidade, tristeza, raiva, zangar-se com facilidade e tornarem-se difíceis de lidar. Presença de Depressão.


h. Sintomas de desnutrição. Tontura, desmaio, fadiga, cansaço, sono de mais ou insônia.Inchaço no corpo, especialmente nas pernas.


4. Qual o tratamento da Anorexia?

O tratamento da Anorexia é interdisciplinar e engloba médicos, psicólogos, nutricionistas, enfermeiras e outros. A ANORÉXICA OFERECE GRANDE RESISTÊNCIA AO TRATAMENTO. COSTUMA DIZER "ESTOU GORDA E NÃO DOENTE". POR ISSO É FUNDAMENTAL A PREVENÇÃO, MAIS QUE EM QUALQUER OUTRA MOLÉSTIA.


SE VOCÊ TEM FILHAS, ALUNAS, AMIGAS, PARENTES OU CONHECIDAS COM ESSAS CARACTERÍSTICAS, NÃO EXITE! PROCURE AJUDA! É PREFERÍVEL PECAR POR EXCESSO DO QUE CORRER RISCOS!




VÍTIMAS FATAIS DA ANOREXIA






Modelo Ana Carolina Reston foi uma das vítimas da anorexia nervosa






chilena de 17 anos




Maiara Galvão Vieira, de 14 anos

1º ANO - TECIDO EPITELIAL

TECIDO EPITELIAL


O tecido epitelial serve para cobrir o organismo, fazer o revestimento das partes internas e externas do corpo. Existem dois tipos de epitélios:


Epitélio de Revestimento


O epitélio de revestimento funciona como uma membrana isolante que reveste todas as superfícies internas e externas do organismo. As células que compôem a pele (revestimento externo) são bastante grudadas umas às outras, através de estruturas chamadas desmossomos, no qual pequenos filamentos de proteínas presentes nas membranas plasmáticas se enlaçam, dando firmeza às células.


Não existem artérias ou capilares sanguíneos nesse epitélio, a oxigenação das células ocorre por difusão com células do tecido conjuntivo. É por isso também, que essa camada de pele não sangra. Os epitélios de revestimento podem ser classificados de várias maneiras: uniestratificado (simples) e estratificado (ou pluriestratificado), quanto o número de camadas de células que compôem o tecido.


Quanto a forma, as divisões são feitas em Pavimentoso, Cúbico e Prismático (Colunar ou Cilíndrico).


O epitélio pavimentoso é formado por células que têm uma forma achatada, formando "pavimentos", que cobrem grandes áreas. O epitélio cúbico é formado por células em forma de cubos, e os Epitélios Prismáticos (ou colunares) têm forma de colunas. As células pertencentes aos epitélios uniestratificados podem apresentar microvilosidades ou cílios.


Essas microvilosidades são formadas por inúmeras pregas na membrana plasmática da célula, e têm como objetivo aumentar área superficial. Estão presentes em células do intestino, por exemplo, para haver uma maior área para absorção de água e nutrientes. Os cílios estão presentes, por exemplo, nas células da traquéia, e servem para remover partículas estranhas, através de movimentos ordenados em uma direção.



Tecido epitelial glandular


Existem dois tipos de células glandulares: as exócrinas e as endócrinas. A diferença entre elas é que a primeira libera sua secreção diretamente no meio externo (ambiente) e a outra joga as secreções na corrente sanguínea.


Ainda existe a divisão por glândulas multicelulares e unicelulares, que são aquelas formadas por várias células e uma só célula, respectivamente. As glândulas exócrinas são formadas por invaginações na camada de células do epitélio de revestimento.


Elas se afastam, formando um canal, onde liberam suas substâncias. Em torno dessas glândulas passam capilares sanguíneos, que transportam a matéria prima da secreção. As glândulas endócrinas são formadas por células do epitélio de revestimento que se aprofundam e se separam no tecido conjuntivo, perdendo contato com o meio externo.


Em volta da glândula estão diversos capilares, que fornecerão matéria prima para a formação da secreção e recolherão essa secreção, levando-a ao seu destino.


Classificação das glândulas quanto a secreção


Merócrinas - eliminam a secreção sem que as células percam parte do seu protoplasma, podendo estar produzindo secreção a qualquer momento. Exemplo: glândulas salivares, lacrimais, sudoríparas. Apócrinas - as células perdem parte de seu protoplasma na secreção, tendo de se recompor antes de produzir as secreções novamente. Exemplo: glândulas mamárias.


Holócrinas - são células que são a própria secreção, morrendo e se separando da glândula. Ex: glândula sebácea.

2º ANO - PEIXES CARTILAGINOSOS

PEIXES CARTILAGINOSOS
(Classe Chondrichthyes)




2 Subclasses:


- Elasmobranchii (cação, raias, tubarão)



- Holocephali (quimera)



O esqueleto dos peixes cartilaginosos é composto de cartilagem. Possuem mandíbulas móveis, são predadores e todos são marinhos. A pele destes peixes é rija, coberta por escamas placóides e glândulas mucosas, possuem várias nadadeiras.



A boca é na região ventral, com muitos dentes. A narina termina em fundo cego, tendo apenas função olfativa. O coração é formado por duas câmaras: 1 átrio e 1 ventrículo.




Respiram por brânquias, possuem ouvido, os rins são do tipo mesonéfrico, são ectotérmicos, a principal excreta nitrogenada é uréia. São dióicos, com fecundação interna, podendo ser ovíparos ou ovovivíparos.


Normalmente, os condríctes apresentam de 5 a 7 pares de fendas branquiais, dependendo do gênero e da espécie. As quimeras, ao invés de fendas branquiais, possuem opérculo (só tem um par de fendas branquiais). Possui uma cauda fina e longa (cauda heterocerca) e a nadadeira peitoral é muito desenvolvida.



Esta nadadeira promove a natação através do movimento na forma de “remo”. As quimeras são encontradas a partir de 80 metros de profundidade.Existem cerca de 900 espécies descritas de peixes cartilaginosos.A presença da mandíbula permitiu que a alimentação destes animais fosse mais variada. Também houve alterações no comportamento sexual.



Nos condríctes mais primitivos só existiam nadadeiras ímpares (caudal, anal e dorsal). Os mais evoluídos apresentam, além das ímpares, nadadeiras pares (peitoral e pélvica).
Nos tubarões, as fendas branquiais estão localizadas lateralmente. Nas raias, as brânquias se localizam na porção ventral do corpo.


Tegumento


A epiderme é pluriestratificada (cerca de 4 a 6 camadas de células sobrepostas). A epiderme é mais delgada que a derme.Apresentam escamas placóides, que é uma escama com estrutura parecida com a de um dente, pois é composta de esmalte, dentina, vasos e nervos. Tem origem na derme e são diminutas. As raias e cações apresentam escamas placóides. Elas servem para reduzir a turbulência causada pelo atrito com a água, e por conseqüência, a velocidade do nado aumenta. O ferrão das raias são escamas placóides modificadas. As raias de água doce não possuem ferrão. Há raias com 2 ferrões. Na ponta do ferra há produção de venenoNa parte superior da derme, próxima à epiderme, estão os melanócitos, células produtoras de melanina. a presença de melanina confere a capacidade destes animais de se camuflarem.


Musculatura



A parte mais desenvolvida da musculatura encontra-se no tronco e na cauda. Os miômeros estão em forma de duplo “V”, intercalados por tecido conjuntivo, formando o miossepto. Longitudinalmente, existe um septo lateral que divide a musculatura na parte dorsal e ventral: musculatura epiaxial e hipoaxial, respectivamente.



Esqueleto



O esqueleto é formado por tecido cartilaginoso, podendo ocorrer deposição de carbonato de cálcio, mas isso não significa ossificação. Possuem esqueleto axial (crânio e coluna vertebral) e apendicular (nadadeiras).Não existem suturas no crânio, ou seja, ele é inteiriço. A caixa craniana é uma peça cartilaginosa única.A notocorda não foi totalmente substituída pela coluna vertebral, estando presentes resquícios entre uma vértebra e outra.



Digestão



A boca dos condríctes ocupa posição ventral, possui maxilar e mandíbula e dentes triangulares e afiados, formando até 7 fileiras de dentes. Condríctes bentônicos que se alimentam de animais com carapaça dura possuem dentes arredondados e achatados. A língua é pouco desenvolvida, possuindo poucos músculos e é fixa no assoalho da boca. A maior parte das papilas gustativas está na região anterior do esôfago, que é todo pregueado longitudinalmente para aumentar seu diâmetro quando o alimento passa.



O estômago possui uma mucosa pregueada e com glândulas produtoras de enzimas digestivas. O intestino delgado é curto, porem possui pregas e dobras para aumentar a superfície de absorção. O intestino grosso também é curto, terminando na cloaca.Os condríctes marinhos possuem uma expansão digitiforme na porção terminal do intestino grosso, chamada glândula de sal, que serve para excretar o excesso de sal presente no organismo. As brânquias também eliminam sal para manter o equilíbrio osmótico do corpo.



O fígado destes animais é muito grande, com 2 lobos, contendo muito óleo, para auxiliar na flutuação, podendo ser responsável por até 20% do peso do animal.CirculaçãoPossuem um coração abaixo da região branquial, no pericárdio. A circulação é fechada, o coração possui 1 átrio e 1 ventrículo, sendo todo o sangue venoso.



Respiração



A respiração é branquial. A água entra pela boca e passa pelas brânquias, que são formadas por vários filamentos delgados e paralelos, que contém vários capilares, onde ocorrem as trocas gasosas.ExcreçãoPossuem rins mesonéfricos, que se situam acima do celoma em cada lado da aorta dorsal. A principal excreta nitrogenada é a uréia. Condríctes marinhos precisam manter o equilíbrio osmótico, retendo cloreto de sódio e uréia o sangue, de forma que os líquidos do corpo sejam ligeiramente hipertônicos em relação á água do mar.



Sistema Nervoso e Sensorial



Possuem um cérebro mais evoluído que as lampreias e a medula é protegida pelas vértebras. As narinas percebem materiais dissolvidos na água que passa por elas. Os olhos não possuem pálpebras e estão adaptados à pouca luz. O ouvido é usado para o equilíbrio.



A linha lateral, um fino sulco ao longo de cada lado do tronco e da cauda, contém um delgado canal com muitas aberturas pequenas para a superfície [Storer et. Al. 1991]. Apresentam células sensitivas ciliadas. Percebem vibrações na água.



Reprodução




São animais dióicos. O órgão copulador é chamado clásper, e se encontra na face interna da nadadeira pélvica. É um órgão rígido que é introduzido na cloaca da fêmea. Após ter sido fecundado, o óvulo passa para o oviduto e é envolvido por albúmen. No final do oviduto o ovo é recoberto pela casca.Todos os condríctes possuem fecundação interna. Existem espécies ovíparas, ovovivíparas e vivíparas.

2º ANO - PEIXES ÓSSEOS

PEIXES ÓSSEOS
(Classe Osteichthyes)








São os peixes que possuem um esqueleto formado por ossos. Possuem uma pele com muitas glândulas produtoras de muco, com escamas de origem mesodérmica, nadadeiras, boca na posição terminal e com dentes, bolsas olfativas dorsais, olhos grandes e sem pálpebras, muitas vértebras, coração com duas câmaras, respiração branquial ou pulmonar, excreção feita por rins mesonéfricos que excretam amônia, ectotérmicos e dióicos com fecundação externa.TegumentoOs peixes ósseos possuem uma epiderme lisa, coberta por escamas. Existem glândulas produtoras de muco, que lubrifica o corpo do peixe, que serve de proteção e facilita a locomoção na água. Possui uma linha lateral ao longo de cada lado do corpo e tem função sensorial. O sistema muscular é formado por miômeros (músculos segmentados), em forma de W.

Digestão


Possuem mandíbulas e maxilares com muitos dentes, pequenos e cônicos. Não há glândulas salivares. O alimento que é mastigado vai para a faringe, esôfago, estômago e intestino. O que não foi absorvido é eliminado pelo ânus.

Circulação


A circulação é fechada. O coração possui 3 câmaras: 2 átrios e 1 ventrículo, diferente dos peixes cartilaginosos que possuem apenas 1 átrio e 1 ventrículo. O sangue é pálido e escasso, possuindo hemácias ovais anucleadas.

Respiração


Existem espécies que respiram por brânquias e espécies que respiram por pulmões. As brânquias são protegidas por uma estrutura chamada opérculo. Durante a respiração o opérculo se fecha, fazendo com que entre água na boca. A água passa da boca para as brânquias e nelas ocorrem as trocas gasosas. O fluxo é sempre unidirecional. A direção do fluxo sanguíneo nas brânquias é oposto ao fluxo da água, criando um mecanismo contracorrente para aumentar a oxigenação do sangue. Os peixes possuem uma bexiga natatória, localizada na região dorsal, ligada à faringe por um ducto pneumático em alguns peixes ela é cheia de gases (O2, N2, CO2) e serve para regular o peso do peixe, auxiliando na flutuação, através da absorção e sercreção destes gases. É semelhante a um pulmão nos peixes pulmonados.

Excreção


Os rins são do tipo mesonéfricos e principal excreta nitrogenada é a uréia.
Reprodução
São animais dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto.

Sistemática


São divididos em:
Sarcopterygii: peixes com nadadeiras carnosas, lobadas.
Actinopterygii: peixes com nadadeiras raiadas.